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Docente do PPGBIOS recebe título Honoris Causa
Debora Diniz é professora, ativista feminista de direitos humanos, documentarista e intelectual que atua na esfera pública. Ela teve que deixar seu país natal, o Brasil, em 2018 por causa de seu trabalho na legalização do aborto. Conhecida por falar abertamente sobre questões de saúde global, ela utiliza diversos meios de comunicação e métodos – incluindo investigação, ensino, ativismo e artes – para promover mudanças sociais em grande escala. Acadêmica por formação, Diniz foi professora da Universidade de Brasília por quase 20 anos (agora em licença sem vencimento) e atualmente é pesquisadora visitante no Instituto de Estudos Avançados de Berlim, Alemanha. Ela também fundou o Anis, instituto de bioética que, por meio de seus vídeos e pesquisas, utiliza evidências para defender causas, mudar políticas e apoiar litígios estratégicos em saúde e direitos. De 2018 a 2023, atuou como Diretora Executiva Adjunta da Fòs Feminista, uma aliança internacional para a justiça reprodutiva que opera a partir do Sul Global – onde também está localizada a sua sede – e que reúne mais de 220 organizações espalhadas por cerca de 44 países. Atualmente faz parte do grupo consultivo de alto nível da Plataforma de Gênero e Saúde coordenado pelo Instituto de Saúde Global da Universidade das Nações Unidas, além de participar de comitês e painéis acadêmicos internacionais. Autora prolífica, Debora Diniz escreveu e editou mais de 20 livros, publicou mais de 160 artigos em revistas científicas, é autora de mais de 80 capítulos de livros e contribuiu para mais de 400 artigos de opinião em diversos meios de comunicação. Ela também é uma excelente comunicadora, reconhecida por sua capacidade de construir pontes entre diversas partes interessadas diante de questões complexas, como evidenciado por sua forte presença nas redes sociais. Também produz vídeos e filmes, que ganharam mais de 80 prêmios e que são apresentados em festivais, prisões, universidades e escolas, hospitais e laboratórios, tribunais e igrejas, em mais de 35 países. Seu documentário mais recente, Uma Mulher Comum, conta a história do movimento do lenço verde no Brasil e na Argentina, acompanhando a jornada de uma brasileira que cruza a fronteira para se submeter a um aborto seguro e legal. Além disso, a revista Foreign Policy nomeou Diniz como uma das 100 maiores pensadoras do mundo por seu trabalho sobre o impacto da epidemia de Zika nas violações dos direitos humanos no Brasil. Em 2020, ela recebeu o prestigiado Prêmio Dan David, uma homenagem por realizações notáveis no avanço da justiça de gênero.
[1] https://www.uottawa.ca/notre-universite/recteur/doctorats-honorifiques/debora-diniz
Tradução Sergio Rego.